[ad_1]
A juíza Elizabeth Machado Louro, do II Tribunal do Júri, retirou da pauta o interrogatório do médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, no processo em que ele é réu com a ex-namorada, Monique Medeiros da Costa e Silva, por torturar e matar o filho dela, Henry Borel Medeiros. A audiência estava marcada para o próximo dia 16 de março e foi suspensa por determinação do desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7a Câmara Criminal, para que, seja julgado no dia 22 um habeas corpus impetrado pela defesa do ex-parlamentar.
No último dia 8, Telmo Bernardo, Flavia Fróes, Eric Trotte e Bruno Albernaz entraram com um pedido no Tribunal de Justiça para que seja realizada a oitiva do perito Leonardo Huber Tauil, que assinou o exame de necrópsia feito no corpo de Henry. No documento, o profissional do Instituto Médico-Legal (IML) atestou que o menino sofreu hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente.
“Peritos, com expertise internacional, atuando em favor da Defesa, apontam graves indícios de violação da cadeia de custódia da prova penal pelo Perito, e graves indicativos de parcialidade, de comprometimento com o resultado final do processo em favor da tese acusatória condenatória”, disseram os advogados.
Eles alegam que, ao ter indeferido o depoimento do perito, Jairinho sofreu constrangimento ilegal por parte de Elizabeth Machado Louro, tendo a magistrada, segundo eles, “violado frontalmente os primados constitucionais da ampla defesa e do contraditório”. É justificado ainda que o interrogatório dele só pode acontecer após o acesso a “todas as provas e diligências requeridas oportunamente e indispensáveis ao escorreito deslinde do processo”.
“Não há dúvidas de que o presente caso é a maior demonstração de que qualquer criatura mortal – seja ela reta ou não, de pretérito ilibado, ou não – está sujeita a enfrentar um verdadeiro processo kafkaniano quando menos se espera. Isto, deveras, vem acontecendo com o paciente, que, a despeito de sempre nortear seus caminhos pela égide da fé, lisura e probidade, se encontra arrostado a este calvário de inverdades e acusações falaciosas”, escreveram Telmo Bernardo, Flavia Fróes, Eric Trotte e Bruno Albernaz no documento.
Os advogados continuaram: “Entretanto, malgrado o gigantesco e indelével sofrimento, não se tornou uma pessoa amarga ou descrente nas pessoas. Sem perder a fé, e de forma extremamente humilde e ponderada, entendeu que, por algum desígnio superior, há de se submeter ao destino que se coloca diante de si, a fim provar a sua inocência”.
[ad_2]
Fonte: Fonte: Jornal Extra