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Uma das linhas de investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DH) sobre a morte de Jurema Alvares Pinto, de 66 anos, é a de que a vítima tenha sido vítima de um “bonde” do tráfico. A diarista passava de carro com o filho pela Rua Edgar Werneck, na Cidade de Deus, quando acabou baleada no peito, no início da manhã desta segunda-feira. Ela estava indo para o trabalho, na Barra da Tijuca, e levava no colo uma vassoura recém-comprada que usaria no serviço, onde ainda era possível ver as manchas de sangue após o crime.
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À polícia, Marcelo Alvares, filho da diarista, contou que viu bandidos armados cruzando a rua pouco antes de Jurema ser baleada. Moradores da região relatam que cenas como essa são comuns na Edgar Werneck, a principal via do bairro: grupos de vários veículos, todos com homens fortemente armados, interrompem o trânsito e chegam a apontar as armas em direção aos motoristas, só liberando o fluxo depois que todos os automóveis terminam de passar. Ainda não se sabe, porém, o que pode ter levado os criminosos a abrir fogo, atingindo o carro de mãe e filho.
Embora o local onde a diarista foi baleada fique a menos de um quilômetro da base de uma Companhia Destacada da Polícia Militar, não havia, segundo o próprio Marcelo, agentes próximos no momento dos disparos. De acordo com a corporação, nenhuma operação ou confronto envolvendo PMs aconteceu na Cidade de Deus ao longo da manhã. O patrulhamento na região só foi reforçado após a morte da diarista.
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Jurema morava no bairro do Tanque, também em Jacarepaguá, e passava pelo local toda segunda-feira por volta do mesmo o horário, quando Marcelo, que é motorista de aplicativo, a levava até o trabalho na Barra. Ela deixa cinco filhos, todos criados, segundo a família, com o dinheiro que a vítima recebia como diarista.
– A gente passa ali sempre, estávamos vindo normal. Perto da praça, escutamos um barulho de disparos. Ela falou: “Isso aí é tiro?”. Aí, o sinal fechou e tive que parar. Foi quando vi homens armados passando e dando mais tiro. De repente, senti um estilhaço batendo no rosto. Pensei: “Caramba, atingiram meu carro”. Olhei e vi minha mãe já com a mão no peito, vi o sangue. Foi um desespero. Logo percebi que ela estava muito mal – contou Marcelo Alvares ao “RJTV – 2ª Edição”, da Rede Globo.
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O motorista ainda conseguiu conduzir o carro até a Unidade de Pronto-Atendimento da Cidade de Deus, que ficava perto do local. A vítima ainda chegou à UPA viva, mas, apesar dos primeiros socorros, acabou não resistindo à gravidade dos ferimentos. Marcelo prestou depoimento na DH ainda na manhã desta segunda-feira, pouco depois da perda da mãe.
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— As diligências já estão em andamento, com todo o aparato empregado no sentido de desenvolver esse caso, a investigação e (identificar a) autoria – informou o delegado Alexandre Herdy, titular da especializada, acrescentando que a Polícia Civil está buscando imagens de câmeras de segurança e testemunhas que possam ter flagrado a dinâmica do crime.
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Fonte: Fonte: Jornal Extra