‘Conseguiu mexer os olhos e ficou sem respirador’

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No aniversário de 49 anos, na última quarta-feira, Alexsandra Nascimento ganhou o maior presente que poderia ter: a recuperação do filho. Caio Douglas Nascimento, de 18 anos, está internado no Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio, desde o último dia 3, quando foi baleado na cabeça, próximo à Cidade Alta, em Cordovil, também na Zona Norte. O jovem passava de carro com a mãe pela Estrada do Porto Velho que dá acesso à comunidade, quando foi alvejado.

Embora ainda esteja internado em estado grave na UTI, segundo Alexsandra, o jovem está surpreendendo a equipe médico com sua recuperação:

— Ontem foi meu aniversário e, quando cheguei ao hospital, disseram que havia uma surpresa para mim. Foi a coisa mais fantástica da minha vida. Não sabia se chorava ou se gritava. Consegui amenizar esse trauma que estava dentro de mim. Foi maravilhoso. Um presentaço.

Alexsandra compartilhou a boa notícia em suas redes sociais
Alexsandra compartilhou a boa notícia em suas redes sociais Foto: Reprodução

Alexsandra contou que os médicos mexeram na sedação de Caio e ele conseguiu interagir com a mãe, piscando e mexendo os olhos.

— Ele conseguiu mexer os olhos e ficou sem respirador. Estão intercalando. Fica duas horas com e duas horas sem. A situação ainda é delicada, mas está tendo respostas positivas. Posso dizer que é um milagre — ressaltou Alexsandra, que deu detalhes de como foi a conversa com o filho. — Como ele é muito apegado ao celular, perguntei se eu podia levar o aparelho para tirar a senha. Disse a ele que piscasse, caso eu pudesse levar o celular. Ele não piscou. Para outras perguntas ele piscava ou mexia os olhos.

Caio estava com apresentação marcada para dia 9 deste mês, seis dias após ser ferido, em um quartel do Exército, quando iniciaria o serviço militar obrigatório. Ele estava indo com a mãe buscar os exames que levaria para a apresentação na Vila Militar, na Zona Oeste. Eles haviam saído da Rodovia Washington Luís, quando, no Trevo das Missões, pegaram uma saída errada à direita e entraram na Estrada do Porto Velho, que dá acesso à Cidade Alta.

Alexsandra lamenta que a via onde Caio foi atingido ainda ofereça riscos aos motoristas que passam pelo local:

— Infelizmente, a rua por onde passei continua do mesmo jeito. Isso é muito triste. Meu amigo passou lá há dois dias e botaram o fuzil em cima dele. Só depois que deixaram passar. Naquela saída da Washington Luís tinha que ter uma sinalização falando sobre o retorno. Se está perigoso a esse nível, tem que ter placa de retorno para Washington Luís bem grande. Se eu tivesse visto isso, voltaria e meu filho já estaria no quartel servindo.

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Fonte: Fonte: Jornal Extra