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Mensagens de um aplicativo de mensagens obtidas pela Polícia Civil de Santa Catarina mostram como atuava a quadrilha de estelionatários comandada por Alexandre Navarro Júnior, o Juninho, de 28 anos, e a noiva dele, a blogueira carioca Rayane da Silva Figliuzzi. A jovem de 24 anos, com mais de 87 mil seguidores nas redes, está cumprindo prisão domiciliar em Areal, no interior fluminense, e chegou a ser detida por PMs em um restaurante da cidade no último domingo (14). De acordo com o Portal EXTRA, o casal fazia parte, no WhatsApp, do grupo chamado “Família Errejota”, através do qual os integrantes organizavam os golpes, aplicados sobretudo em idosos.

As investigações apontaram que, a partir de uma central de operações montada em um apartamento de alto padrão em Copacabana, na Zona Sul do Rio, falsas telefonistas entravam em contato com as vítimas em cidades catarinenses como Balneário Camboriú e Florianópolis, além de Curitiba.
Elas simulavam ser funcionárias de instituições bancárias checando compras no crédito para convencer os alvos a entregar senha e cartão a comparsas que se dirigiam ao local e, em seguida, faziam várias transações em maquininhas pertencentes ao grupo, uma delas vinculada a um CNPJ no nome de Rayane, concluindo a farsa conhecida como “golpe do motoboy”.
Em uma das conversas, membros do bando falam sobre o perfil das vítimas em cada região. O assunto começa com uma mensagem enviada por uma mulher:

“O que estão achando das listas, das penas, de retorno, de tudo? O Juninho está cogitando mudar de cidade se Curitiba continuar não rendendo. Porque a lista de pobre foi ruim, e a de rico também está”, diz ela.
“Péssimo, horrível”, responde um comparsa.
Na sequência, outra integrante completa:
“As ricas de Curitiba são piores do que as ricas do RJ. Eu consegui falar com três até agora. Duas foram pra gerente e eu nem cheguei a falar metade do script. O terceiro ainda ouviu tudinho e disse que iria ligar, mas não ligou, e a linha não segura mais de dez segundos”

O último trecho da fala se refere a um dos itens principais no roteiro do golpe. As mulheres pediam que a pessoa do outro lado da linha contatasse o número do banco no verso do cartão, mas o primeiro telefonema não era de fato encerrado, e outro membro do bando fingia atender a vítima, aumentando a veracidade do esquema.
“Essa lista é de 320 nomes, eu tenho uns 180 nomes”, detalha a mesma pessoa na mensagem subsequente, antes de voltar às queixas:
“Não atendem, quando atendem já sabe que é golpe, ou fala que já tem contato com o gerente”.
Em mais uma conversa reveladora, segundo relevado pelo EXTRA, os criminosos chegam a xingar gerentes de banco que consegue evitar que os clientes caiam no esquema. “Desliguei, estava tramando com o gerente. Ele mandou um áudio pra ele falando que era golpe e que já fazia uns dias que estávamos atacando a região”, relata uma das telefonistas. “Hoje o ‘fdp’ do meu estava fazendo a mesma coisa”, retruca outra. “Dá um ódio”, arremata a primeira.
Rayane, Juninho e outros membros da quadrilha tiveram a prisão preventiva decretada em novembro do ano passado. No dia 19 de janeiro, porém, a Justiça catarinense concedeu à blogueira o direito à prisão domiciliar, em virtude do filho recém-nascido que ela teve com Alexandre. O mesmo benefício foi estendido, por motivos semelhantes, a outras quatro denunciadas.
Ao todo, 15 pessoas foram denunciadas pelo MP-SC e se tornaram réus na Justiça catarinense.

Deboche
Seis dias depois de obter a prisão domiciliar, em 25 de janeiro, a modelo postou uma foto sorridente no Instagram: “Bom dia, está tudo bem com vocês? Aos pouquinhos tô voltando”, escreveu.
Na véspera, ela já havia compartilhado uma frase motivacional junto de um clique no qual aparece com um conjuntinho verde e branco: “Transforme suas frustrações em desafios”, filosofou. Nos últimos dias, a jovem também usou o perfil para postar fotos do filho pequeno, o resultado de um procedimento estético nos lábios e até uma nota com “esclarecimentos” sobre o episódio da detenção por PMs no domingo passado.
Leia a cobertura completa do caso AQUI no EXTRA
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Fonte: Banda B