‘Não tem condições de viver aqui’, diz moradora do Morro da Oficina que teve casa preservada em deslizamento | Região Serrana

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp

[ad_1]

Uma das estruturas que ficaram de pé no local foi a casa de Lúcia dos Santos, de 57 anos, que no momento do deslizamento estava na rua, voltando do trabalho. Segundo ela, apesar de ter escapado da tragédia, a família não quer mais retornar para a comunidade por medo de um novo deslizamento.

“A gente não vai voltar porque não tem como. Não tem condições de viver aqui. A insegurança é total. É muito medo. Eu perdi pessoas que eu conheço, pessoas que eu desço todo dia para o trabalho. A tristeza é gigante. A gente não tem mais condições de olhar pela janela e lembrar. Se olhar vai morrer por dentro”, disse Lúcia dos Santos.

Rastro da devastação causada pela chuva no Morro da Oficina, no Alto da Serra, em Petrópolis — Foto: Marcos Serra Lima/g1

No dia da tragédia, Lúcia e o marido estavam na rua voltando do trabalho quando começou a chuva forte. A filha do casal estava voltando da escola. Todos ficaram sem comunicação por 6 horas.

Sem o funcionamento adequado dos telefones na cidade durante a tempestade, a família de Lúcia ficou sem comunicação entre eles. Por sorte, todos sobreviveram ao temporal que deixou mais de 100 mortos.

Contudo, os parentes só conseguiram se reencontrar seis horas depois do início das buscas.

“A gente tava apavorado porque a gente ficou sem comunicação, sem telefone. Só consegui encontrar com eles no dia do desastre 1h30 da manhã. Eu comecei a procurar por eles às 19h30. E só consegui contato 1h30”, explicou Lúcia.

Após o reencontro na madrugada da última quarta-feira (16), a família foi levada, junto com outros desabrigados, para a Igreja Santo Antônio, no bairro Alto da Serra.

Rastro da devastação causada pela chuva no Morro da Oficina, no Alto da Serra, em Petrópolis — Foto: Marcos Serra Lima/g1

A casa de Lúcia dos Santos, de 57 anos, fica no alto do Morro da Oficina e foi uma das poucas estruturas no local que ficaram de pé. — Foto: Marcos Serra Lima / g1 Rio

[ad_2]

Fonte: G1