Diretora de projeto social que atende 500 crianças está entre os mortos em Petrópolis; prédio desapareceu após deslizamento | Região Serrana

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Maria das Graças de Paiva Destro, de 73 anos, era conhecida na localidade como “Dona Fia”. Ela morava ao lado da sede do projeto e, segundo a família, ficou soterrada. O neto da idosa, Ruan Destro, disse ao g1 que o corpo de Maria foi retirado dos escombros e levado ao IML, onde será feito o procedimento legal e documentação de reconhecimento do corpo.

“Nós vimos que ela estava soterrada durante a noite, mas o corpo só foi resgatado agora no início da tarde. Nós acompanhamos o resgate e uma tia minha que vai no IML fazer o reconhecimento oficialmente”, disse Ruan.

Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros trabalham para atender a diversas ocorrências. Ainda não há informações sobre quantas pessoas estão desaparecidas na cidade.

O prédio do projeto ficava no bairro Alto da Serra, na região do Morro da Oficina. A estrutura de quatro andares desapareceu completamente. Veja na foto abaixo

Local onde ficava prédio de quatro andares no Morro da Oficina, em Petrópolis — Foto: Bruno Gonçalves/arquivo pessoal

O idealizador do coletivo, Bruno Gonçalves, contou ao g1 a importância de Maria para o projeto.

“Assim que o Projeto do Morro chegou aqui, ela foi uma das primeiras pessoas a abraçar a causa do Projeto. Sempre esteve muito presente no projeto, sempre quando a gente precisou, não só a Dona Fia, mas toda a família dela. Então, assim, é uma perda muito muito forte pra gente. É uma pessoa que vai fazer muita falta. Uma pessoa idosa, mas não era o momento dela ir”, disse.

Bruno contou que estava no prédio fazendo manutenção horas antes de tudo cair. Aos prantos, o líder do projeto fez um depoimento desolado na página do projeto, nas redes sociais.

“Nós perdemos tudo! Um prédio de quatro andares sumiu! Eu estou sem chão em saber que esse endereço não existe mais”, desabafou Bruno.

Uma publicação da página do Projeto do Morro também lamenta a morte da esposa e filha de um outro vizinho do projeto.

O projeto social atende jovens em vulnerabilidade social há 15 anos e oferece gratuitamente aulas de dança, cursos profissionalizantes, artes marciais, e artes no geral para cerca de 500 jovens

Segundo Bruno, um dia antes da tragédia, no mesmo horário, houve uma aula de judô no espaço. Bruno ainda conta que esteve no prédio para fazer manutenção, quando começou a chuva forte.

“Eu estava lá no projeto quando começou chover, resolvi descer o morro debaixo de chuva mesmo, eu só agradeço a Deus pelo livramento”, disse Bruno ao g1.

Projeto publicou foto de aula de judô no dia anterior à tragédia em Petrópolis, no RJ — Foto: Arquivo pessoal

Novas turmas de diversos outros cursos oferecidos começariam na semana que vem. O “Projeto do Morro” sobrevive de doações e voluntariado.

Além da perda das vidas, o projeto estima uma prejuízo financeiro de R$ 700 mil.

A prefeitura estima que pelo menos 80 casas foram atingidas pela barreira que caiu no Morro da Oficina. Homens do Corpo de Bombeiros ainda trabalham a procura de soterrados.

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Fonte: G1