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Aos poucos os nomes das vítimas da tragédia de Petrópolis, na última terça-feira, vão sendo identificados e seus familiares começam a velar e sepultar os seus corpos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, mais de cem pessoas perderam a vida em consequência do temporal que devastou a cidade da Região Serrana do Rio.
Até agora a Polícia Civil ainda não divulgou quem são as outras vítimas identificadas e que estão liberadas para ser enterradas. Veja abaixo a lista com mortos reconhecidos e que estão sendo sepultados no Cemitério municipal de Petrópolis:
– Evelyn Luiza Netto da Silva, 11 anos
– Quele Monique Ferreira de Souza Costa, 37 anos
– Glaucio Goebel, 56 anos
– Pablo Nunes Carvalho, 38 anos
– Fábio Aniceto da Costa, 44 anos
– Yasmin Eliseu Alves, 20 anos
– Zilmar Batista Ramos, 54 anos
– João Carlos de Melo Montes, 15 anos
– Maria Clara Martins de Castro Souza, 16 anos
– Heloise Listenberg Rodrigues, 2 anos
– Gustavo Listenberg Rodrigues, 5 anos
– Debora Listenberg Moreira, 22 anos
– Maria Helena Lourenço Juliano, 65 anos
– Eva Afonso da Silva, 79 anos
– Alessandra Gomes de Freitas
– Gustavo de Souza Coutinho, 47 anos
– Marco Aurélio da Costa Barcia
– Marineuza dos Santos Silva
Zilmar Batista Ramos, 54 anos
Zilmar foi enterrada na tarde desta quinta-feira, após morrer em um ônibus engolido pela água da forte chuva. Ela trabalhava em um posto de saúde e estava indo buscar uma das suas filhas em meio à enxurrada. Apesar da força da água, em contato com a família, ela evitou comentar o real cenário para não preocupar a família.
— Uma vizinha nossa estava junto com ela e disse que não deu tempo de ela sair. Ela era como uma força da natureza, impetuosa e defendia a todos. A Sol (poodle da família) está sentindo desde ontem. A ficha ainda está caindo. Amanhaceu um dia tão bonito, ninguém esperava — disse Vitória Alves, filha de Zilmar.
Debora Listenberg Moreira, 22 anos, e os filhos, Heloise, de 2, e Gustavo, de 5
No luto, o silêncio também se faz necessário. E foi assim, com um grito de dor silencioso, que machuca o ouvido de todos, que a família enterrou Débora e seus filhos, Gustavo e Heloise. Eles morreram em casa, vítimas da tragédia de Petrópolis.
Enterrados juntos, os três foram sepultados após um velório de forte comoção. Dezenas de amigos e parentes se despediram da vítima. Eles moravam na região do Moinho Preto e estavam junto no quarto da família, justamente o único cômodo atingido por um deslizamento.
— Infelizmente estava em casa com as crianças. Não teve como socorrer. Tentaram socorrer o Gustavo primeiro, e a mãe e a filha não tiveram acesso. A Débora era muito trabalhadora e as crianças sempre estavam conosco brincando. Não acreditamos que aconteceu na nossa cidade. Ela morava na parte alta, infelizmente. Tem muita área de risco na cidade e as pessoas não têm condição e acabam nesse risco. No WhatsApp, ela pediu para postar que Deus ajudasse e aconteceu tudo um minuto depois. Dói demais. Agora estou tentando me confortar porque temos que botar a vida para frente. Perder nossas criancinhas é muito triste — lamentou Gerson da Silva Souza, cunhado de Débora.
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Fonte: G1