Designer morta com três tiros não sabia que namorado suspeito de envolvimento no crime estava em prisão domiciliar

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Flávia foi morta com três tirosSuspeito de envolvimento na morte da designer de interiores Flávia Euflázia da Siva, de 44 anos, o caminhoneiro Alan de Oliveira da Silva, de 38, deve ser transferido da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC, nesta quarta-feira, para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio.

Flávia foi morta com três tiros Foto: Reprodução/redes sociaisNesta terça-feira, depois de prestar depoimento por mais de tres horas, ele foi preso e autuado em flagrante por crime de feminicídio, na DHC.

Na versão apresentada por ele na especializada, Alan admitiu apenas ter discutido com a vítima, com quem tinha um relacionamento havia seis meses. Em suas declarações, ele alegou que a própria designer teria feito os disparos acidentalmente em meio a uma discussão.

— Minha irmã não sabe atirar e tinha pavor de armas. Não se aproximava de uma arma de jeito nenhum. Com certeza não acredito nessa versão — rebateu Fábia Eufrázia, irmã da designer.

Flávia levou três tiros na cabeça e no pescoço e foi encontrada sem vida dentro de uma caminhonete capotada, neste domingo, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio. De acordo com parentes, a designer não sabia que Alan estava em regime de prisão domiciliar e que ele já havia sido condenado por tráfico.

—Minha irmã não tinha conhecimento desse histórico dele. Ela era uma pessoa muito boa, com muito conhecimentos e que se dava bem com todos. Porém, ela se afastaria de qualquer pessoa se soubesse que esse alguém tivesse envolvimento com drogas. Se ela soubesse desse passado dele ( prisão domicilar e do histórico por tráfico) ela teria se afastado, disso eu tenho certeza — disse Fábia Euflázia.

A arma do crime teria sido jogada pelo suspeito em um rio, logo após Flávia morrer. Alan deverá ser submetido, nesta quarta-feira, a uma audiência de custódia, no José Frederico Marques. Na ocasião, um juiz decidirá se confirmará ou não a prisão em flagrante do suspeito, feita na DHC.

Na manhã desta terça-feira, o caminhoneiro havia se apresentado espontaneamente aos agentes da Coordenadoria de Segurança do Grupo de Apoio do Ministério Público de Teresópolis, na Região Serrana. De lá, ele foi levado pelos policiais para 110ª (Teresópolis). Poucos depois, homens da DHC foram buscá-lo na unidade policial.

Segunda a polícia, o suspeito resolveu se apresentar depois que agentes da especializada o procuraram na Zona Rural do município, onde tem parentes. Alan já tinha antecedentes criminais. Em 2014, ele foi condenado a uma pena de cinco anos de prisão por crime de tráfico. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, em 2019, ele ganhou o direito ao regime semiaberto e, em julho de 2020, recebeu o benefício de prisão albergue domiciliar, deixando então o sistema penitenciário.

Moradora de um sítio onde criava cavalos, e dona de lojas alugadas, Flávia foi morta com três tiros na cabeça e no pescoço. Os ferimentos, segundo laudo cadavérico assinado por legistas do Instituto Médico-Legal, causaram hemorragia e provocaram a morte da vítima.

Segundo parentes, a designer e o caminhoneiro iniciaram um relacionamento em agosto último. Um mês antes, o suspeito havia deixado o sistema penitenciário, beneficiado pelo regime de prisão albergue domiciliar. Alan fazia transporte de carga viva ( cavalos) em um caminhão e teria conhecido a vítima em uma festa que reunia proprietários de animais e representantes de haras. Pouco depois, os dois teriam iniciado uma relação. Por conta de ciúmes exagerados de Alan, Flávia chegou a interromper o namoro por duas semanas.

—Era só um namoro. Devido ao excessivo ciúme dele por ela, minha irmã chegou a falar com ele que se fosse pra continuar assim, com a atitude de ciúme, que iria ficar complicado, que aquele não era o jeito dela. Eles chegaram a se afastar por duas semanas, mas depois voltaram. Minha irmã não tinha planos de casamento. Estava feliz daquele jeito. Até porque já havia tido uma realização anterior de ter sido casada, de ter uma família e um filho. Já o Alan falava para ela que queria casar. Mas minha irmã não — disse Fábia, que comentou a notícia da prisão do suspeito.

—Traz um certo alívio. Mas, o sentimento de que a justiça está sendo feita vai ocorrer depois que a prisão preventiva for decretada — concluiu.
A previsão é a de que o corpo de Flávia Eufrázia seja sepultado às 14h, desta quarta-feira, no Cemitério Jardim da saudade, em Sulcap, na Zona Oeste do Rio. Ela deixou um filho adolescente, de 16 anos.

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Fonte: Fonte: Jornal Extra