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A família simples de Cristiane Barbosa, de 48 anos, via no imóvel da Rua Domingues Nogueira, no bairro de Corrêas, em Petrópolis, a sua grande realização e o seu ganha-pão. Tanto é assim, que Cris, como é chamada pelos vizinhos, não apostou em um negócio, no local, mas em três.
“Aqui era o meu salão de cabelereiro, uma venda de roupas e uma locação de roupas de festa e vestidos de noiva”, conta.
O esforço de uma vida inteira sustentava a sua família e o da filha dela, Jéssica, de 25 anos, que trabalhava no local como designer de sobrancelhas.
Na quarta-feira (16), após um dia inteiro tirando lama do local e contando prejuízos, a reportagem do g1 a encontrou à noite.
Cristiane com um vestido de noiva e Jéssica com um secador de cabelo: como recomeçar? — Foto: Marcos Serra Lima/g1
“Vamos recomeçar, mas te pergunto: como? Sem material? Sem nada? Não sei como”, questionava Cristiane, que até estava acostumada com as chuvas fortes do início de ano, e por isso tem comportas em seu estabelecimento, mas nunca tinha visto nada igual.
“Tenho comportas aqui no salão, mas a água passou por cima. Foi quase 1,5m. Nunca tinha visto isso. Estou falando com você agora. De manhã cedo, quando cheguei, eu só chorava”, disse mostrando as marcas da água nas paredes e sem saber como recomeçar.
Dos equipamentos do salão, onde atuava com a filha, a cabelereira perdeu quase tudo. Aposta em uma coisa ou outra que possa lavar e secar ao sol. Estima que o prejuízo seja de pelo menos R$ 10 mil.
Ela também vendia roupas por consignação e mostrou peças embaladas, mas cheias de lama, que a enxurrada não perdoou.
“Vou tentar fotografar e mandar para o menino que me dá as roupas para vender para ver o que ele pode fazer por mim”, disse já estimando uma perda de pelo menos R$ 6 mil.
Vestidos de noiva cheios de barro
Cris perdeu um terceiro negócio. A salinha que alugava para uma pessoa que comercializava vestidos de noiva e de festas. Restaram as peças todas enlameadas e com muito pouco jeito de recuperação.
“A dona vai tentar salvar algo, mas acho muito difícil. Não sei o que fazer. Estou perdida. Não sei como recomeçar. Só se for com ajuda. Mas Deus vai abençoar alguém para me ajudar porque agora estou perdida”, disse.
As marcas da destruição provocadas pela chuva na loja da comerciante — Foto: Marcos Serra Lima/g1
Sem esperança: comerciante de Petrópolis tenta recuperar itens perdidos no temporal — Foto: Marcos Serra Lima/g1
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Fonte: G1