famílias reconhecem e liberam corpos no IML; mais de 30 já identificados

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp

[ad_1]

Parantes de vítimas da tragédia de Petrópolis, na Região Serrana, chegaram cedo ao Instituto Médico Legal (IML) do município, no bairro Corrêas, para fazerem a liberação dos corpos. Às 8h10, uma funcionária da Polícia Civil leu o nome de 15 pessoas que já tinham seus corpos liberados para os sepultamentos. Segundo a polícia, até a manhã desta quinta-feira 101 corpos jáhaviam sido levados para o IML, sendo 65 mulheres e 36 homens. Lá, 33 já tinham sido identificados pela família por volta das 8h. Desse total de corpos no instituto, 13 são de menores de idade.

A dona de casa Marlene Gregório Lourenço, de 62 anos, e a feirante Regina Luiza Gregoria Lisbôa, de 57, estão no IML para reconhecer o corpo da irmã Maria de Fátima dos Santos Vicente Silva, de 64. A mulher morava no Morro da Oficina junto com o marido e a sogra. Filho e mãe já foram encontrados e reconhecidos. No entanto, o corpo da dona de casa ainda não foi identificado pelos familiares.

Abalada, Marlene aponta a demora e cita a angústia que a família vive nas últimas horas. Ela destaca que duas crianças, netas do marido de Maria de Fátima, estavam na residência e também estão desaparecidas.

— Viemos direto aqui porque do jeito que está a região não dava para salvar (a vida delas). O meu cunhado e a mãe dele foram achados. Só a minha irmã e os netos do marido dela que não foram encontrados — diz, aos prantos.

Maria estava em casa no momento do temporal em Petrópolis
Maria estava em casa no momento do temporal em Petrópolis Foto: Reprodução das redes sociais

Confira: O antes e o depois da tragédia de Petrópolis

Regina diz que a mãe, de 83 anos, não sabe que a filha mais velha pode ter morrido.

— A gente acha que ela morreu. Acredito na vontade de Deus, sabe. É uma dor muito grande.

Vivendo angústia semelhante, o vendedor ambulante Marcelo Pereira de Medeiros, de 48 anos, tenta liberar o corpo da irmã, a dona de casa Marise Pereira de Medeiros. Segundo ele, o entrave está sendo a exigência de documentos.

— Caiu uma barreira e eu acabei perdendo quatro parentes nessa tragédia. Me pediram documentação, mas não consegui resolver nada disso. A enxurrada levou tudo, não tenho como resolver. Está nas mãos de Deus agora.

Gisele participa ativamente das buscas, inclusive ajudando a escavar o barro
Gisele participa ativamente das buscas, inclusive ajudando a escavar o barro Foto: Felipe Grinberg / Agência O Globo

Em meio a dor da tragédia, ao menos uma pessoa já foi enterrada. Para esta quinta-feira, são previstos outros quatros velórios e sepultamentos na cidade. Uma das cerimônias marcadas é o de Maria Eduarda, de 17 anos, que morreu no deslizamento ao lado da afilhada, de 1 ano. A mãe quer que as duas sejam sepultadas juntas.

— É uma dor muito grande, mas, queremos despedir delas todas — destacou Gizelia, mãe da adolescente que, durante as buscas, foi incansável cavando durante horas atrás do corpo da filha.

Uma das vítimas da tragédia das chuvas em Petrópolis, Maria Eduarda sonhava com a carreira de modelo
Uma das vítimas da tragédia das chuvas em Petrópolis, Maria Eduarda sonhava com a carreira de modelo Foto: Redes sociais / Reprodução

Whatsapp



[ad_2]

Fonte: G1